quarta-feira, 26 de outubro de 2011

LANÇAMENTO DE 'A HORA DO ESPANTO' EM BLU-RAY



O LANÇAMENTO DO BLU-RAY SERÁ NO DIA 13 DE DEZEMBRO NOS EUA.
O Blu-ray será lançado pelo selo Twilight Time, que fechou acordo com a SONY/COLUMBIA PICTURES. Serão lançadas cópias licenciadas de filmes clássicos dos catálogos desses estúdios. Apenas 3.000 unidades de cada título serão produzidas, visando o mercado de aficionados por filmes clássicos. E também as trilhas ficarão disponíveis online pela ScreenArchives.com - uma distribuidora independente de trilhas sonoras raras.
Cada título do catálogo será produzido através de uma cópia original restaurada, acompanhado de um livreto de 8 páginas repleto de fotos, sinopse, a criação do pôster, etc. Os filmes serão devidamente restaurados e remasterizados com atenção aos detalhes e à qualidade. Entre os extras, a opção de ouvir a trilha sonora instrumental isolada.

SINOPSE DO FILME ORIGINAL QUANDO FOI LANÇADO EM VHS NOS ANOS 80.

Meet Jerry Dandridge. He's sweet, sexy, and he likes to sleep in late. You might think he's the perfect neighbor. But before inviting Jerry in for a nightcap, there's just one thing you should know. Jerry prefers his drinks warm, red - and straight from the jugular! It's FRIGHT NIGHT,  a horrific howl starring Chris Sarandon as the seductive vampire and William Ragsdale as the frantic teenager struggling to keep Jerry's deadly fangs out of his neck. Only 17-year-old Charley Brewster (Ragsdale) knows Jerry's bloodcurdling secret. When Charley can't get anybody to believe him, he turns to a TV-horror host, Peter Vincent (Roddy McDowall), who used to be the "Great Vampire Killer" of the movies. Can these mortals save Charley and his sweetheart, Amy (Amanda Bearse), from the wrathful bloodsucker's toothy embrace? If you love being scared, FRIGHT NIGHT will give you the nightmare of your life!

AGORA, EM PORTUGUÊS:

Conheça Jerry Dandridge. Ele é amável, sexy, e gosta de dormir tarde. Você pode achar que ele é o vizinho perfeito. Mas antes de convidar Jerry para uma saideira, há apenas uma coisa que você deve saber: ele prefere suas bebidas quentes, vermelhas... e direto da jugular! É A HORA DO ESPANTO, uma produção  tenebrosa estrelando Chris Sarandon como o vampiro sedutor, e William Ragsdale como o adolescente apavorado lutando para manter as presas mortais de Jerry longe do seu pescoço. Apenas Charley Brewster (Ragsdale), com 17 anos de idade, conhece o segredo assustador de Jerry. Quando não consegue convencer ninguém, ele acaba pedindo ajuda a um apresentador de TV de filmes de terror, Peter Vincent (Roddy McDowall), que fora o "Grande Matador de Vampiros" dos filmes. Conseguirão estes mortais salvar Charley e sua namorada, Amy (Amanda Bearse), da mordida desse sanguessuga furioso? Se você adora ficar assustado, A HORA DO ESPANTO dará a você o pesadelo da sua vida!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

POR QUE A FÓRMULA DO REMAKE ECOOU NEGATIVAMENTE?

O remake de "A Hora do Espanto" custou 30 milhões de dólares, e arrecadou mundialmente até este mês de outubro o total de quase 37 milhões. Traduzindo: a nova versão fracassou nos cinemas.
Quero colocar nesta seção a minha opinião como fã sobre o porquê deste remake não obter o sucesso esperado.

PRIMEIRO, AS PERSONAGENS.

O ADOLESCENTE CHARLEY BREWSTER
                                           (William Ragsdale)             (Anton Yelchin)

O ator americano William Ragsdale tinha muito mais carisma e convencia como a figura ideal de herói, ao contrário do seu sucessor Anton Yelchin, ator nascido na Rússia, que no filme parece apático.


A NAMORADA AMY PETERSON
                                           (Amanda Bearse)               (Imogen Poots)

Amy foi atualizada para os dias de hoje como uma jovem mais segura de si, mais bonita, mais sexualizada, porém sem nenhuma chance de romance com o vampiro-das-cavernas, e o maior de todos os pecados: nenhuma cena de impacto, que foi um dos pontos altos do filme de '85, quando Amy abre aquela bocarra, para o espanto de todos na plateia. A nova Amy é "agraciada" apenas com umas cenas insossas, sem inspiração alguma, e com efeito de computação gráfica que já parece datado!


O VAMPIRO JERRY DANDRIDGE
                                           (Chris Sarandon)                (Colin Farrell)

Chris Sarandon, ex-marido da atriz Susan Sarandon, realmente convencia como o vampiro sedutor Jerry Dandridge, que morava ao lado da casa de Charley, e paquerava a garota do herói. Já Colin Farrell faz no remake um vampiro mais visceral, e muito pouco atraente - tanto quanto personagem sedutor, tanto quanto monstro. Não vira morcego, névoa, nem morre de maneira grandiloquente como o Jerry original. Desde quando soube da escolha de Colin para o papel, eu pensei: "Ele não tem a mesma presença de Chris Sarandon, e muito menos o porte físico (1.85m contra 1.78m)."


JUDY BREWSTER  X  JANE BREWSTER
                                           (Dorothy Fielding)               (Toni Collette)

No remake, a nova Sra. Brewster tem um papel maior em cena, entretanto não faz muita diferença para a trama. Talvez o diretor quis Toni Collette por já ter trabalhado com ele, e para ter mais um nome expressivo no elenco. Ela é talentosa, sem dúvida, mas não acho que foi bem aproveitada.


PETER VINCENT, O GRANDE MATADOR DE VAMPIROS
                                           (Roddy McDowall)             (David Tennant)

Astro decadente de filmes de terror que apresentava filmes clássicos do gênero na TV local, e que mais tarde teria que enfrentar um vampiro real: O veterano e ex-ator mirim McDowall (1928 - 1998) fazia um personagem, ao mesmo tempo emblemático, e divertido. Perdeu-se muito quando modernizaram demais o personagem, agora na interpretação de David Tennant (o Dr. Who do seriado gringo). Ele faz um personagem mais afetado, e sem a simpatia do original. A única coisa que se manteve foi o nome do grande matador de vampiros, que é uma junção do nome de Peter Cushing e Vincent Price - homenagem do diretor Tom Holland aos dois atores de filmes clássicos de horror da produtora inglesa Hammer.

"Para trás... remake sem alma!"

PRIMEIRO FILME A INOVAR A HISTÓRIA E MODERNIZAR O VAMPIRO, SEM DESCARACTERIZÁ-LO OU DESRESPEITAR A MITOLOGIA.

O filme original de 1985 tem importância especial para o Brasil, pois foi o primeiro do gênero a estourar e fazer grande sucesso por aqui. Até então o gênero terror não era cultuado entre os brasileiros.
A Hora do Espanto deu início a um ciclo apelidado pela mídia de Espantomania. Vários filmes de horror foram lançados aos montes, tanto nas salas de cinema, quanto em home vídeo, que também começou a ter sua plateia cativa. Vários desses filmes levaram títulos começando com "A Hora..." ou com o final "...Espanto".

EFEITOS VISUAIS CRIATIVOS E UM ROTEIRO INTELIGENTE.

Ele também foi inovador, trazendo efeitos especiais excepcionais para a época (criações de Richard Edlund), e um roteiro muito inteligente criado pelo próprio Tom Holland - roteirista de Psicose II e que, três anos após rodar Fright Night, criaria o boneco Chucky no filme Brinquedo Assassino.

A nova versão tem cenas muito escuras, efeitos de computação gráfica que deixam muito a desejar, e sem falar na locação: do subúrbio de uma cidadezinha americana para deserto próximo a Las Vegas. Será que um vampiro teria como escolha um lugar com clima seco e quente, parecido com o da Amazônia (só que sem chuva), absolutamente intolerável para um criatura da noite?!

"Nada supera o charme fatal da produção original"

A falta de sensibilidade e familiaridade com esse gênero do terror custou ao diretor Craig Gillespie, sem dúvida. E pensar que tudo poderia ter sido diferente, se não fosse uma série de escolhas equivocadas desde o princípio.

GERAÇÃO ANOS 80 VS. GERAÇÃO "GAYPÚSCULO" (...E O LIMBO)

Outro problema que vejo, além dos já citados anteriormente, é o conflito que o filme causou entre as antigas e novas gerações. Quem pertence às gerações mais antigas, não gostou do filme por não estar à altura do original. Quem é desta maldita geração "Gaypúsculo", sofre de alienação, falta de parâmetros e bom senso, portanto jamais iria ver um filme em que vampiros não brilham no sol, não são apaixonados por maníacas-depressivas sem expressão e nem talento (isso parece ser pré-requisito hoje em dia), e que ainda por cima tem uma paixão enrustida por poodles metidos a lobinhos sem pelos.  A única geração que pode ter gostado de verdade do remake é aquela que  já está cansada de filmes-emo. Afinal esses jovens 'anti-gaypúsculo' estão acostumados a filmes de baixo padrão, fazendo com que uma produção como o remake de "A Hora do Espanto" seja algo bom no meio de tanta mer...lin.
É um círculo vicioso este em que estamos: os filmes, livros, etc, são nivelados por baixo cada vez mais, e de geração em geração, aparecem jovens mais e mais "sem noção" como costumo chamá-los (para não dizer 'imbecis').